Agora os parcos leitores devem pensar: "viiiixi, vai falar de mulher, até que enfim, ja tava achando que era viado."
advirto leitor, essa história não se trata de uma menina, ou um amor, ou uma paixao de carnaval, um amor platônico, nada disso. É só mais um relato.
E como tal começa com um cenário, um fato. e o sujeito dessa oração é a camisa.
Eu vi uma camisa rosa, não era qualquer camisa, ela era linda e quem a usa lindo fica.
Ela anda e passeia no meio da multidão e é impossível ficar alheio a ela.
Que brilho, os raios do sol parecem dela vir e pra ela convergir. É um rosa choque quase vermelho, com detalhes estratégicos e um perfume que parece carregar quem pra trás fica.
Talvez, em toda sua perfeição, ela tenha esse perfume para que nem os cegos deixem de contemplá-la.
Lá vem, lá vem a camisa rosa rica em detalhes estratégicos e a banda pára pra ela passar, nem o vento ousa adianter-se a ela, é como se até os deuses soubessem a força que ela tem.
Prometeu, o amigo dos homens, nos deu o fogo para que cozéssemos nosso bonequinho e os deuses nos deram aquela camisa, que vai e vem e nao se adianta, ela não pode ser terrena, tem que ser Olímpica.
E numa ironia dessas que só os céus são capaz de fazer, ela toma meu lugar, e se ocupa e eu não sou digno de olhá-la, porque ela é rosa e linda e tem detalhes estratégicos.
Minha insignificância em frente a ela é visível e aperturbadora, pois ja me acostumei com essa condição e nunca terei uma camisa daquela.